11/12/2008

Questão de DNA



O profissionalismo surpreende: concentrados em seus donos, eles desconsideram brincadeiras ou qualquer distração em seu horário de trabalho. Levam a sério sua missão: conduzir deficientes visuais – seus donos - nas mais diversas situações.


Ainda em pequeno número – hoje, no Brasil, os cães-guia não chegam a 30, para uma população de 1,2 milhão de pretensos candidatos – exigem vocação e treinamento especial.

Uma nova história


Aos 10 anos, Boris carimbou sua aposentadoria. A atividade é estressante, e o tempo de trabalho do cão não deve se estender. Boris continua com Thays, mas agora poderá se comportar como cachorro. Se é que vai conseguir.


O posto, agora, é de Diesel, um labrador negro, que deve chegar em breve ao Brasil.

Don't stop now!



Boris ficou famoso quando foi barrado na estação Marechal Deodoro do Metrô. "Aqui não é permitido animais", anunciou um funcionário da companhia à sua proprietária, a advogada Thays Martinez, 34 anos. Depois de longa discussão e trâmites burocráticos, Boris ganhou na justiça o direito de ir e vir no Metrô. Afinal, ele não utiliza o transporte como animal de estimação - ele é o cão-guia de Thays, deficiente visual.

O cão labrador é americano do Michigan. Dos seus dez anos, há oito ajuda Thays a se locomover pela cidade. Treinado pela ONG americana Leader Dogs for the Blind, quando ainda se chamava Chips. Quando entrou na vida de Thays, virou Boris, sujeito bilíngue que operou uma mudança substancial na maneira que a advogada passou a enxergar o mundo.

É de pequeno que se torce o cachorro

Um cão-guia passa a primeira infância com uma família voluntária, que vai ensiná-lo a se comportar adequadamente.


Lá receberá os comandos básicos de obediência e deverá participar das mais diversas atividades sociais, freqüentando restaurantes, passeando de carro, ônibus, metrô.

A socialização é fundamental, tanto com outros cães, como humanos.